Dicas para lidar com as emoções

Dicas para lidar com as emoções.

Confira 6 dicas de como lidar com as emoções.

Você está “à flor da pele”? Suas emoções estão no seu passado e em suas experiências! Como arquitetos de nossas vivências, não precisamos estar à mercê de nossas emoções.

dicas para lidar com as emoções

*Texto adaptado e traduzido a partir do artigo de Marianna Pogosyan – How to Master Your Emotions

Em seu novo livro: “Como as emoções são feitas: a vida secreta do cérebro” a renomada psicóloga Lisa Feldman Barrett apresenta de maneira convincente uma teoria construída através de emoções. Ao contrário da teoria clássica que postula que as emoções se constroem através de reações desencadeadas pelo ambiente, Barrett afirma que as emoções não acontecem sem a nossa vontade. Ao invés disso, construímos as emoções usando nossas sensações e previsões, nossas experiências passadas e coleção de conceitos. Assim como “arquitetos de nossas experiências”, não precisamos estar à mercê de nossas emoções. O melhor é aprendermos a lidar com elas.

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Aqui estão 6 sugestões para lidar com as emoções:

1. Mantenha o corpo em boa forma

Lidar com suas emoções começa com a manutenção do equilíbrio corporal. Sempre ouvimos conselhos como: é importante comer de modo saudável, fazer exercícios regularmente, dormir o suficiente, etc; pois são pré-requisitos para uma vida emocional saudável. Mas o cuidado com o corpo vai além e pode te ajudar com as emoções.

A maneira mais simples de lidar com elas no momento, que aparecem e você precisa controlá-las, é movendo seu corpo, afirma Barrett. Animais, por exemplo, regularmente retomam seu equilíbrio através do movimento. Uma simples caminhada ou estar em contato a natureza, ajuda a diminuir emoções exaltadas e melhora o bem estar mental. “Movendo seu corpo, você pode mudar suas previsões e, portanto, sua experiência”, escreve Barrett.

Além dos fundamentos de nutrição, sono e exercícios regulares, construir uma relação saudável com o corpo é possível através de muitos outros meios. Estes incluem: massagens, yoga, passar um tempo em contato com a natureza e leitura. A literatura é um convite para se envolver na narrativa de outra pessoa, tirando-nos temporariamente de nossas próprias reflexões. Meditação oferece uma chance de praticar o exercício de observação, experimentar emoções e em seguida, sem julgamento, libertá-las. Gratidão, contato social positivo e doação também são considerados exercícios de reforço do equilíbrio do corpo.

2. Cultive a Inteligência Emocional

O termo Inteligência Emocional pode evocar muitas imagens, mas neste caso, Barrett refere-se a “fazer com que seu cérebro construa o conceito de emoção mais útil para uma determinada situação”. Isso exigirá que você reveja seus conceitos de emoção, ao invés de amontoá-las afetivamente semelhantes sob um mesmo termo (a autora usa o exemplo de “Incrível” para sentimentos positivos e “Péssimo” para negativos), tente aprender os diferentes significados das diversas emoções (por exemplo: miséria pode nos acometer sob muitas nuances e nos parecer amarga, enfurecida, irritada, mortificada. Assim como há muitas maneiras de se sentir grande, como estar em êxtase, com gratidão ou com serenidade).

3. Ganhe novos conceitos

“Seja um colecionador de experiências”, como escreve Barrett. As novas experiências que você acumula fazendo viagens, lendo livros, assistindo filmes, adquirindo novas perspectivas, experimentando novos alimentos, estudando línguas estrangeiras e até mesmo aprendendo novas palavras, oferecem oportunidades para construir sua experiência de novas maneiras. Como todas essas novidades ajudam você a lidar com suas emoções? Ao estimular o cérebro para formar novos conceitos e vincular os antigos de novas maneiras, você afeta suas previsões futuras e comportamentos. Por exemplo, ampliar seu vocabulário pode levar a uma saúde emocional melhor, fornecendo novos conceitos que não só podem te ajudar a estar mais equipado para lidar com diferentes circunstâncias, mas também podem aumentar potencialmente sua empatia e habilidades de negociação.

4. Aprenda a distinguir suas emoções mais refinadamente

Quando os terapeutas ajudam seus pacientes a reformular situações, eles estão em parte “encontrando a forma mais útil de falar sobre emoções para favorecer a ação”, Barrett. Aprender a distinguir emoções com maior refinamento pode ajudar a regular melhor suas emoções. Fornecendo mais informações sobre como ajustar seu comportamento e lidar com as circunstâncias (Barrett et al., 2001). Estudos mostraram que pessoas capazes de distinguir suas emoções eram menos propensas a se sentirem sobrecarregadas ou sob estresse. Um desses estudos mostrou que, pessoas com medo de aranha, descreviam suas emoções usando várias palavras de ansiedade e medo. Portanto, ao categoriza-las com mais refinamento, elas se tornavam menos ansiosas quando se deparavam com uma aranha. Outro estudo demonstrou que alunos do 5 º e 6 º ano enriqueceram seu vocabulário para falar de emoções e assim foram capazes de melhorar o desempenho acadêmico e comportamento social na escola.

5. Cultive experiências positivas

Os conceitos são reforçados e enraizados em nossos modelos de mundo sempre que direcionamos a atenção para eles. Estar em contato e atento a conceitos e pensamentos positivos pode torná-los mais presentes em seu dia a dia. O que por sua vez ajudará a prever e cultivar experiências futuras de positividade. Uma maneira fácil de lembrar experiências positivas é escrevê-las. Por outro lado, ruminar sobre eventos negativos facilita que seu cérebro recrie esses conceitos no futuro. “Cada experiência que você constrói é um investimento, então invista sabiamente”, escreve Barrett. “Cultive as experiências que você quer construir novamente no futuro”.

6. Desconstrua e recategorize suas emoções

“Aprenda a desconstruir, revisar um sentimento para além das sensações físicas, em vez de deixar aquelas sensações serem um filtro através do qual você vê o mundo”, escreve Barrett.

Desconstruir seus sentimentos (por exemplo, a ansiedade) e as sensações físicas que os acompanham (como por exemplo descrever o taquicardia, presente na ansiedade, como se tivesse saído de uma corrida), pode ter benefícios surpreendentes. Para começar, as sensações físicas não são pessoais e são mais fáceis de abandonar do que pensamentos e emoções.

Além disso, a recategorização é útil para regular o comportamento. Por exemplo, pessoas mostraram que falam melhor em público e têm melhor desempenho após encararem a ansiedade como uma forma natural do corpo de enfrentar situações.

Aprender a separar sensações físicas de emoções negativas pode até mesmo ajudar pessoas que sofrem de dor crônica a se medicarem menos, pois passam a ver a dor como uma sensação meramente física em vez de “uma catástrofe pessoal” (Barrett, 2012). Em suma, a maneira como interpretamos nossos estados internos podem influenciar nossas emoções e comportamentos. “Quando você se sente mal, trate-se como se tivesse um vírus, em vez de assumir que seus sentimentos desagradáveis signifiquem algo pessoal. Seus sentimentos podem ser apenas ruídos “, escreve Barrett.

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