Como lidar com os conflitos familiares?

No momento, você está visualizando Como lidar com os conflitos familiares?

 As dicas da psicóloga Luciana Zuzarte podem te ajudar em períodos que a convivência é extrema.

 O distanciamento social pode significar um desafio para algumas famílias que estão, por conta do isolamento, em uma convivência diária intensificada. Diante desta nova realidade, questões que antes eram pontuais ou dissolvidas em meio ao dia-a-dia agitado e intenso, agora podem levar a grandes e difíceis conflitos familiares. É importante dizer que conflitos familiares são multicausais, ou seja, a convivência extrema por si só não é motivo único para o surgimento de desentendimentos entre os familiares. 

  Este é um momento em que o medo, a preocupação e as incertezas são sentimentos frequentes que se somam a angústias anteriores e podem levar a um maior estresse entre as relações, por isso, é fundamental que novos acordos possam ser feitos de forma que se torne possível uma melhor adequação ao contexto atual. Muitos pais estão tendo que se deparar com a realidade de trabalhar no mesmo ambiente em que seus filhos estão brincando, estudando ou trabalhando, fazendo necessária a criação de novas regras para que as atividades de todos possam ser realizadas preservando a privacidade dos membros da casa, uma vez que estarem juntos por um tempo prolongado não significa que as atividades de cada um se misturem com as dos outros.

“A manutenção da individualidade é essencial para que se mantenha um equilíbrio com a convivência intensa dentro de casa. Este é um momento em que as perdas do cotidiano antes conhecido são recorrentes, portanto, é preciso ser tolerante e paciente para que se possa aprender com as novas experiências e superar as adversidades encontradas”, aconselha a psicóloga.

Foto por : Pexels- August de Richelieu

O distanciamento evidenciou os casos de violência doméstica no país e no mundo. Mulheres, crianças e idosos, principais alvos deste tipo de violência, ficam em casa com seus agressores durante tempo integral, aumentando o risco de serem violentados. Neste momento, campanhas de instituições públicas e privadas são importantes para proteção e denúncia destas violências, uma vez que neste momento, as vítimas têm menos acesso aos locais para denúncias e atendimento. 

  Diante disso, a atuação da rede de apoio social, vizinhos, amigos próximos, familiares também é fundamental para que, diante de uma suspeita de violência, seja garantida a proteção e segurança daqueles que sofrem com estes casos de violência. 

  Em exceção aos casos graves de violência, os conflitos familiares podem ser manejados a partir de repactuações e conversa entre os membros da família. Levar em consideração as ansiedades, angústias e medos presentes diante da pandemia e estar disposto a ouvir e identificar os recursos que cada um têm disponíveis para o enfrentamento das dificuldades deste momento é um passo importante para o entendimento de cada parte para que se possa chegar a um acordo e a uma maior harmonia no cotidiano. É preciso atentar-se às divisões de tarefas para que nenhum membro se sinta sobrecarregado e não leve a um estresse ou ao esgotamento físico e emocional.

Terapia familiar

  O espaço da terapia familiar pode ser uma oportunidade de escuta e fala quando estas trocas não estão sendo possíveis de serem feitas dentro de casa. O psicólogo pode atuar como um facilitador para melhor compreensão dos problemas enfrentados pela família, possibilitando um olhar diferente para as questões de difícil resolução. 

 Em suma, a pandemia e o distanciamento social apresentaram um momento de maior convivência em casa e é preciso ser criativo para pensar em novas formas de organização da rotina e das relações familiares, levando em consideração as particularidades e afetos de cada um. 

  Caso você precise da ajuda de um psicólogo, agende uma consulta on-line com a psicóloga Luciana Zuzarte via Whatsapp! Também conheça nosso outros conteúdos relacionados ao contexto que estamos vivendo.

Texto escrito por: Luciana Zuzarte
Editado por: Maria Beatriz Santos

Deixe um comentário