Acontece que na terapia duas pessoas se encontram e é um momento único que tem seu tempo e espaço.
O paciente: que busca ajuda tanto para lidar com questões que o preocupam no dia-a-dia, como para refletir sobre algo que o incomoda e,
O psicoterapeuta: que tem como papel escutar e se abrir para o que o paciente traz, sem julgar ou sem recriminá-lo, para assim o encorajá-lo a se confrontar com as adversidades da vida.
As questões que nos preocupam diariamente e diante das quais nos angustiamos giram ao redor de quatro grandes temas da vida: a liberdade, a morte, o isolamento e a falta de sentido da vida.
Para amenizar a ansiedade e a angústia diante dessas questões, que são parte integrante da existência de cada um, erguemos defesas que nem sempre nos ajudam e que podem trazem ainda mais sofrimento.
A partir do que a vida apresenta ao paciente e de como ele se relaciona com sua própria existência, o trabalho dele e do psicoterapeuta é de construírem uma relação, e, através desta, o paciente poderá refletir sobre suas angústias, ansiedades e defesas.
Isso o ajudará a identificar e utilizar seus recursos internos para viver sua vida da melhor maneira possível.
O psicoterapeuta auxilia o paciente na busca do autoconhecimento nas situações cotidianas e nos incômodos vividos, ajudando-o a entrar em contato com a sua realidade interna e com o mundo que o cerca.
O resultado é que o paciente se torna mais presente na relação consigo e com os outros.
O terapeuta encoraja o paciente a “desempacotar” emoções e pensamentos. Ao reconhecer os sentimentos experimentados, o paciente torna-se mais consciente e começam a auxiliar-se nas tomadas de decisões, assim como assumir, sem remorso, as escolhas que se fez até o momento.
A terapia tem o papel de mobilizar o paciente para estar presente consigo mesmo. Ao se conhecer e ter a capacidade de ser reconhecido pelos outros como um ser consciente e participativo, no aqui e agora, o paciente experimenta a vivencia da autenticidade.
É papel do terapeuta ajudar o paciente a identificar e superar suas resistências para ampliar suas experiências e seu contato com o mundo. Se isso acontecer, o paciente pode se libertar do modo rígido de experimentar a vida e desenvolver suas potencialidades para lidar com os grandes temas que o cercam.
Ao escolher estar presente e se abrir ao o que a vida e o mundo apresentam, o paciente é convidado a suspender seus “achismos” em relação a si e aos outros e a desenvolver relações autênticas e genuínas que possibilitam maior envolvimento e que dão sentido real à vida.